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quarta-feira, abril 13, 2011

O grande negócio não é ter uma igreja e sim...

Saluto traseuntes deste blog.
Hoje quero, com vocês, decifrar,ou melhor, " dar um voô panoramico" na idéia de se ter uma igreja nos dias de hoje com a polarização do pensamento e do desejo de sentir-se poderoso.
Prometi no meu site de relacionamento escrever sobre as característcas egoístas e muambeiras do crentismo de hoje dentro do que  vejo. As relações doentes e fedendo defunto de crentes com o "divino " ego-cego-centríco.
Características muambeiras por que trazem de fora, digo, dos tais renomados pastores de outros continentes, uma teologia, as vezes penso  se não ofendo a teologia, que não tem nada de bíblia  e tudo de pessoal, arrogante, avarento, presunçoso e diabólico e Judas fala muito bem sobre tais.Pensamentos digos cristão pirateados e sem "selo" de originalidade que causam serios danos a quem dele e por ele vive.
Características egoísta por são crentes iguais a irmão do filho pródigo que ao invés de se alegrar com a volta daquele que cometeu um erro e se arrependeu julga que o pai também erra ao recebe-lo. Parece muito comum isto nas igrejas; pensar que o texto é pra quem desvia e prega-lo pra dizer que o filho mal precisa se arrepender e voltar mas a verdade também explicita no texto da conta de um filho e/ou crente antigo de igreja, que não queria dividir mais nada com o irmão e/ou pecador arrependido, logo o texto exorta também os crentes e sua vida refletida com sepulcro caiado. (evidente que neste caso a carapulsa se encaixará a quem quizer vesti-la e sei que a igreja possui muitos homens e mulheres de vida integra com um evangelho integral)
Vou contar 2 exemplos que vive estes dias:
Temos em nossa rua um N.E.B (Nucleo de Estudos Bíblicos) e somos agraciados com quase 20 pessoas onde apenas 1 delas é crente, além de minha esposa e eu.
Um dia está pessoa esteve em nossa casa aos prantos, chorava copiosamente. Perguntamos o que estava acontecendo e fui chocado com o que levou está pessoa a chorar tanto.
Ela esteve no culto de santa ceia de sua igreja em um domingo e foi após uma discussão com seu conjuge, acontece que lá chegando e ouvindo a mensagem de seu pastor ouviu dele que quem estivesse me pecado e pacado era também estar brigado com o conjugê não poderia tomar a ceia pois estaria se condenando e está pessoa, após mais de 15 anos indo na igreja não tomou a ceia pela primeira vez.
Tentei explicar a ela da importancia de se examinar apenas sem emitir juízo e não ficar sem tomar pois somos todos pecadores mas a mesa do Pai nos faz ver nossos pecados e aceitar a redenção mas ela continuava a chorar.
Como me parecia que seu problema era mesmo o fato de não ter se sentido dentro de seu mundo religioso fui até a cozinha, picotei o pão que minha esposa compra pra mim e que amo muito e fiz suco de uva, peguei 3 copos de licor e fui a sala com shorts  e camisa de um time e ministrei a ceia para ela, minha esposa e eu e está pessoa finalmente sentiu paz em seu coração.
Isto me chocou porque conheci uma pessoa que está a 15 anos em uma igreja e não é capaz de ter uma saúde teologica.
Outro fato que me deixou triste. Na empresa onde trabalho atualmente tinha uma mulher religiosa de uma igreja evangelica até que bem tradicional e histórica.
Esta mulher dizia de sua condição religiosa a todos(as) e iniciou todas as 2° feiras um devocional na empresa.
Parecia tudo muito bom até que um dia meu gerente me chamou e disse que fazia mal a ele o devocional e eu perguntei por que e ele respondeu: _ ela só diz que na igreja dela é que sou salvo e diz que é a melhor pessoa da empresa e fica falando da bíblia o tempo todo só que ao mesmo tempo é fofoqueira, mentirosa e fala mal da empresa até pra clientes.
Em resumo ela foi mandada embora e minha tese que religião não anda com profissionalismo está ganhando corpo.
O grande negócio não está em ter uma igreja enorme com milhares de pessoas pois isto continua não provando nada, e se provar talvez possa revelar, em alguns casos, que a verdade não foi conhecida e não houve libertação.
O grande negocio está em dividir conhecimento e fazer discipulos de Cristo e obreiros(as) aprovados que manuseiam bem a palavras.
Mas estou muito feliz porque convivo muito mais com crentes bons e fiéis e pastores interessados no Reino e sua expansão e escrevo apenas para cumprir meu papel de profeta que denuncia sem medo a maldade decorrente de corações possuidos pelo caminho de Balaão.
Até breve, enquanto o breve for nosso futuro...


sábado, abril 02, 2011

Se você está cansado de carrancas leia este artigo de um grande amigo meu.

Eu quero uma teologia que sorri







Perguntaram a um professor de teologia na Alemanha: “Jesus alguma vez sorriu?”, e ele respondeu: “Se ele sorriu não sei, mas sei que mudou a minha vida e, hoje, eu posso sorrir” .






Imagine a vida sem o barulho irresponsavelmente maravilhoso de uma gargalhada. Imagine o desenrolar humano sem a magia de uma tarde onde a gente ri de qualquer coisa. Sem a correria tresloucada das crianças, invadindo o “espaço sagrado” da sala onde os adultos conversam as mesmas chatices de sempre.


Ainda bem que podemos sorrir. Não somos escravos de uma existência cinza. Quem não gosta de uma história engraçada? Que atire a primeira pedra quem nunca tirou um sarro de alguém. Você já riu de si mesmo após uma queda? Já rolou de rir? Por que será que o cristianismo alimenta uma espiritualidade sisuda?


Fazer teologia também pode ser sinônimo de algo prazeroso. Não preciso trancar meu coração para falar do Deus que me ama. Não preciso fechar as janelas da alma para que a luz que há em mim fique aprisionada. Não posso ver a teologia como carcereira de uma intelectualidade doída. É libertador encontrar alegria no ato mágico de pensar.


A própria imagem que se tem do teólogo sugere um indivíduo estranho: barbudo, velho, sisudo, óculos espessos e, ao falar, uma irritante mania de dificultar o entendimento com palavras estranhas, chatas e cansativas. Não é assim que se define um teólogo? Existe alguma imagem da alegria numa reunião teológica? Onde está o humor no exercício teológico?


Com esse artigo, quero provocar sorrisos. Que você leia sem expectativas extremas, apenas como quem lê uma história engraçada ao lado de uma criança. Já fez isso? Esse artigo não é um tratado teológico (Deus me livre!), é uma travessura de um coração inquieto. Não quero meu nome como sinônimo de cansaço, mas como símbolo de sorrisos. Como disse um pastor amigo (e engraçado): “Eu sei que não sou imortal, mas faço o possível para ser inesquecível” . Uma das melhores maneiras para ser inesquecível é gerar a alegria genuína em cada encontro.


De antemão, agradeço sua paciência e generosidade. Não deve ser fácil olhar para o universo da teologia – que tanto andou de mãos dadas com a rigidez – e propor o baile alucinante da alegria, mas (eu amo o “mas”) é magistral ter a opção de mudar. Se você me oferecer a chance de tentar, posso mostrar-lhe um outro caminho...


Como disse Northcote Deck: “Um cristão sem alegria é um difamador de seu Senhor”.










Sorria!


Teologia não é só para os “cara fechada”






Conta-se que um teólogo perdeu-se na selva africana. De repente, um grupo de canibais o aprisiona. O chefe da tribo, preparando-se para o “almoço” diz: “Finalmente, vou provar essa famosa sopa de abobrinhas!”






Se você é teólogo, por favor, não fique com raiva de mim. Aliás, lembre do perdão! O legal de conversar com teólogos é que dá para apelar para as Escrituras! Comecei esse capítulo com a anedota acima, pois ela traduz muito bem o que se pensa sobre o discurso teológico sem alma. Aquele amordaçado pelas palavras vazias. Aquele que os mais simples costumam atacar: “a letra mata!”. Mata mesmo, de tédio.


Não há nada mais chato do que ficar ao lado daqueles indivíduos que passam o tempo todo falando de si mesmos, suas conquistas acadêmicas, seus títulos, suas “descobertas”. Gabriel Perissé chama esse tipo de “PhDeus”, como o professor que falava, falava, referindo-se às conferências que ministrara, aos artigos que publicara, às premiações que recebera, às inúmeras viagens que fizera... Depois de meia hora monologando, suspirou, e disse ao amigo:


- Mas vamos falar agora um pouco de você, meu caro... O que achou do meu último livro?






A tribo dos “cara fechada”


Fui criado numa igreja de caras fechadas! Tudo era pecado! Tudo era aterrorizante. Lembro de, ainda criança, perceber a ausência de sorrisos. Era estranho ouvir falar de um Deus da alegria, mas observar a fúria que habitava os discursos e a tristeza que morava nos olhos. Alguém disse que “virtude sem alegria é contradição”. Aquela era uma igreja bastante contraditória.


A tribo dos sem-sorriso ainda é grande. É a espiritualidade azeda. Uma espécie de teologia do rancor. Quanto mais pálido, mais santo. Quanto mais enjoado, mais poderoso. Quanto mais rude, mais crente. Esse “mais” é sempre menos. A maior alegria de um “cara fechada” é matar a alegria dos outros. Essa é a espiritualidade da guerra, onde o que interessa é amontoar destroços. Onde está a alma nisso?






Uma radiografia






Essa tribo possui algumas características sui generis:






Nunca brincam com os filhos: gente “santa” demais para brincar. Não perdem tempo com a família. Não sabem do que seus filhos gostam, a cor preferida deles, o que fazem aos sábados. São pais ausentes, a igreja consome todo seu tempo e energia. São mães oprimidas, que vivem numa tensão absurda entre os dogmas pesados de suas tradições e a leveza criança de seus filhos. Uma família sem alma.






Reclamam de tudo: Existe algo pior do que um indivíduo que reclama o dia todo? Quando está sol, é um suplício. Quando está frio, só a graça! Quando chove, é perseguição divina. Quando não chove, é maldição! Essa tribo não tem o dom da gratidão, pois é escrava da frustração. Reclama porque não encontra sentido para ser e viver, sua dor é não conferir significado à sua angustiante existência.






Sofrem da síndrome do imã: Tudo gruda neles! Maldição pega. Olho gordo pega! Macumba pega! Por isso, vivem de campanha em campanha. Vigília em vigília. Fazem votos, bebem água ungida, tomam banho de óleo da unção. Andam no corredor do sal grosso. Só falta colocar um galho de arruda atrás da orelha. São imãs existenciais de coisas ruins. E para piorar: eles acreditam piamente que isso é contagiante!






São profetas do caos: Só profetizam tragédias. Basta um olhar e pronto! Lá vem desgraça! Dependendo dos trejeitos, caras e bocas, a coisa é bem ruim. Se você tiver em casa alguma boneca de sua filha, ou boneco de herói do seu menino, vai ser a ilustração perfeita para a mensagem subliminar (música de suspense). Eles nunca profetizam bênçãos, pois partem de um raciocínio: você não está santo, portanto, sem chance, não há bênção para você!






Vivem em guerra com a beleza: Não suportam pessoas bonitas. Os “santos” de caras fechadas só usam roupas “simples” (leia-se “horríveis”), alguns chegam a usar, numa única noite, todas as cores que possuem em seu famigerado “depósito” de roupas. É a síndrome da caixa de lápis de cor existencial. Eles não conseguem perceber Deus no belo, apenas encaram qualquer tipo de beleza como “o começo do terrível”, portanto, um monstrinho que deve ser destruído!






Detestam a palavra sexo: A simples menção da palavra já é suficiente para causar calafrios e deixar seus rostos avermelhados (de raiva e vergonha). Mesmo inconscientemente, jogam toda a “culpa” do sexo em Adão e Eva safadinhos no Éden. Para eles, sexo é somente para a procriação (de preferência com todas as luzes apagadas e nenhum gemido!). Fogem do prazer como Elias de Jezabel (para ficar bíblico), não suportam o fato de que Deus criou o sexo, aliás, tentam todos os malabarismos “teológicos” para abafar essa gostosa verdade!






Teresa de Ávila orou: “Das devoções tolas e dos santos de cara fechada, ó Senhor, livra-nos” . Tenho feito essa oração ultimamente. Não precisamos alimentar essa teologia azeda, essa espiritualidade da feiura, esse evangelicalismo retorcido. O que nos torna evangelho é o que é bom e novo, “boas novas!”


Eu quero uma teologia que sorri!










Vícios de uma religiosidade da fúria






No âmbito do cristianismo, para não assumirmos que temos vícios, utilizamos uma gama gigantesca de eufemismos: manias, herança do tempo de pecado, “velho homem”, “Adão que insiste em não sossegar”, “espinho na carne”, e por aí vai... O problema é que sim, temos vícios! E não são poucos. Quanto mais legalista um “cara fechada” for, mais vício ele terá. É uma lógica quase inquebrável.






Vamos observar alguns dos vícios dessa religiosidade da raiva:






O vício da investigação: Esses investigadores divinos sabem tudo da vida alheia. Conhecem todos os “podres” de todo mundo, menos os deles! São especialistas em detectar deslizes. Se você tiver próximo de um erro, meu caro, eles já sabem! É o dom de re-velar (já que eles vão matar mesmo...). Essa espiritualidade à lá Sherlock Holmes, é responsável pela irritabilidade que muitos possuem quando o assunto é igreja. São especialistas na vida alheia, 007 da espiritualidade do oculto (hoje, antenada, transforma-se em “orkulto”, a “revelação” que usa o Orkut).






O vício da miséria: É a síndrome do coitadinho! Uma falsa humildade que chega a beirar o absurdo. Alguns chegam ao cúmulo de descuidar da higiene pessoal (aí não há demônio que resista mesmo). Certa vez ouvi uma senhora orando: “Senhor, eu sou pior que o verme que se arrasta pelo chão, eu sou pior que os piores”. Fiquei pensando: e a transformação? E a mudança de vida? E a vida abundante (Jo. 10.10)? Eu posso até ter sido horrível, mas Cristo mudou minha vida, de modo que agora sou nova criatura (II Co. 5.17), filho amado do Pai. Essa espiritualidade mendiga é, no mínimo, esquisita. Sinto muito, mas não tenho vocação para ser indigente da teologia.






O vício do extremismo: Esse tipo de gente é altamente extremista. Não suporta o fato bíblico de que precisamos ser pastoreados. Eles sentem-se donos absolutos de sua conduta. Não respeitam ninguém, pois, segundo suas convicções ninguém está acima deles. São tão santos que não precisam de rédeas. Seu extremismo flui para outras áreas: denominacionalismo ferrenho, teologias de alfaiate e cabeleireiro, rodas de capoeira eclesiástica (mais conhecidas como “vigílias de poder”), jejuns que beiram o suicídio (a tentativa de “quebrar o recorde” de Jesus, o objetivo é ficar uns quarenta e dois dias em jejum). Essa é a anorexia da espiritualidade. Quanto mais pálido, mais santo. Quanto mais amarelinho, mais angelical!






São tantos vícios que vicia só em escrever! Essa teologia do vício é fruto de uma espiritualidade drogada. Uma sensação de que só o pico me confere significado. Leonardo Boff escreveu que “o problema da droga, não é a viagem, mas o retorno, quando não se suporta mais a realidade, e precisa viajar novamente” . Esse evangelicalismo furioso (espiritualidade Al Qaeda) gera indivíduos cada vez mais perturbados, infelizes e chatos. Vou tomar um café (será que é vício?)






Eu quero uma teologia que sorri. Uma teologia que não precise fazer caras e bocas, mas somente deleitar-se na reflexão que encontra a graça – e sorri. Quero apontar para uma intelectualidade da leveza, do abraço, do afeto. Uma cara de criança esperta que contagia e conquista, um convite para o encontro com o belo, o perfeito o santo.


Chega dessa teologia amarga. Nem sabor de mel, nem de fel, mas sim o abençoado caminhar do equilíbrio. Sorria!






Alan Brizotti


Escritor, pesquisador das áreas de Espiritualidade e Filosofia. Articulista em diversos sites e periódicos teológicos. Atualmente reside em Goiânia – GO.